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Saúde x Doença Existencial

  • Foto do escritor: Fernando Dório
    Fernando Dório
  • 5 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura


É comum que alguns pacientes busquem a cura quando chegam no processo terapêutico.


Querem ser curados da culpa, da insegurança, da baixa autoestima, da dependência, das mágoas e de traumas nos relacionamentos e no trabalho... Cada um apresenta a sua necessidade e desejo de cessar a dor.


No entanto, será que há cura diante das nossas próprias vivências e experiências?


Quando pensamos em cura, associamos ao termo médico e logo pensamos na eliminação dos sintomas, isto é, viver sem sentir dor. No entanto, quando se trata dos aspectos psicológicos, não é bem por aí. A nossa existência está em constante construção e por isso, estamos sujeitos a todo momento a lidar com nossas frustrações e lembranças de situações que foram vividas e com as novas que irão surgir na convivência cotidiana. Elas também farão parte da nossa história.


Ser doente e ser saudável existencialmente são processos interdependentes e que irão coexistir durante toda a nossa vida. Ora nos sentiremos bem e em outras situações a nossa vulnerabilidade e fragilidade estarão mais afloradas. A necessidade do acompanhamento de um profissional de Psicologia se faz quando a sua relação consigo e com o mundo encontra-se consideravelmente restringida. Ou seja, quando os conflitos e limitações nas relações e no dia a dia tornam-se exageradamente ampliados e dominantes.


A Psicoterapia auxilia o Ser a buscar o equilíbrio para vivenciar a saúde existencial. Não se trata de eliminar as lembranças e os sentimentos diante da vida que são considerados desagradáveis. É reconhecer e aceitar a insegurança, limitações e paradoxos de sua existência e ter coragem para assumi-los, envolvendo-se nas situações e enfrentando os riscos para resolvê-las.

 

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