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O humor e o sentido da nossa existência.

  • Foto do escritor: Fernando Dório
    Fernando Dório
  • 10 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Enxergar a vida com humor não é uma fuga, mas uma forma de ressignificar nossa existência. Frankl, em sua visão sobre o sofrimento e a busca por sentido, propõe que o humor pode ser uma ferramenta de transcendência. Quando olhamos para a realidade com olhos mais leves, não estamos negando a dor ou os desafios, mas sim ampliando nossa perspectiva.


O humor, nesse sentido, é uma forma de nos distanciarmos do imediatismo das angústias cotidianas, para entender que elas são parte de um movimento maior. Ele nos permite ver o que é trágico sob uma luz que revela as nuances da vida, sem ignorar sua complexidade. Não se trata de risadas vazias, mas de uma escolha ativa de observar a imperfeição do mundo – e de nós mesmos – com compaixão e humildade.


Viver é inevitavelmente lidar com a incerteza, e o humor é um lembrete de que, apesar de tudo, continuamos aqui, existindo. Ele reflete a nossa capacidade de, mesmo em meio ao caos, encontrar espaço para respirar e reinterpretar o que nos acontece. Essa escolha não elimina a angústia, mas nos possibilita a vivência da nossa humanidade, mostrando que, por trás das máscaras que usamos, somos todos vulneráveis e imperfeitos.


Assim, o humor se torna um exercício de liberdade: a liberdade de não se render completamente à seriedade da vida. Ele nos lembra que, apesar de tudo, ainda podemos rir, e que esse riso pode nos sustentar nos momentos mais desafiadores.


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