"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." – Clarice Lispector
- Fernando Dório
- 25 de out. de 2024
- 2 min de leitura

Em nossa busca incessante por perfeição e aceitação, frequentemente nos deparamos com a ideia de que devemos erradicar nossos "defeitos" para nos tornarmos versões melhores de nós mesmos. No entanto, Clarice Lispector nos adverte sobre os riscos dessa abordagem. Cada parte de nós, incluindo aquilo que consideramos falhas, tem um papel em nossa identidade e em nossa forma de interagir com o mundo.
Os defeitos que percebemos em nós mesmos e que os outros notam podem, paradoxalmente, ser as bases que sustentam a nossa identidade. Eles podem representar experiências de vida, aprendizados e, em muitos casos, características que nos tornam únicos. Ao tentarmos extirpar essas partes, corremos o risco de desestabilizar o que nos dá estrutura emocional e psicológica, levando a um vazio que nem sempre conseguimos preencher.
Na Psicoterapia, somos convidados a olhar para nossas fragilidades com cuidado, não como algo a ser eliminado, mas como uma parte da nossa própria história. É por meio da aceitação dos nossos desagrados que conseguimos nos desenvolver. Quando nos permitimos ser imperfeitos, abrimos espaço para a autenticidade, criando um espaço seguro para o autoconhecimento e a autovalidação.
O valor e a beleza da vida residem na diversidade de experiências e sentimentos. Em vez de tentar se ajustar a padrões externos, que tal abraçar quem você realmente é?
📌E você, como tem lidado com os seus “defeitos”?
Vamos conversar? 😉
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